O aluguel subiu 25%? O que posso fazer?
Utilizado para reajustar os contratos de aluguel no meio imobiliário, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acumula alta de 25,71% nos últimos 12 meses.
É uma situação muito atípica, então não tem muito como fugir. Há dois anos, por exemplo, esse índice estava negativo. Não dá para prever o futuro.
Ocorre que o reajuste dos contratos de aluguel com base no IGP-M é legal e a saída é tentar uma negociação. Diante do forte impacto na economia decorrente do avanço do coronavírus, sendo que “cabe o bom senso” dos contratantes.
Dicas para negociar
- Tente negociar um reajuste com base em outro índice de preços, como o IPCA;
- Converse sobre a possibilidade da não-aplicação do IGP-M completo;
- Busque saber como estão os valores do aluguel de imóveis com a mesma característica.
- Cheque os preços e argumente com o locador;
- O momento é de bom senso para ambas as partes, então negociar é a palavra de ordem.
Quais as alternativas?
Uma possibilidade é a negociação para que o reajuste seja feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020, a inflação medida pelo IPCA encerrou a 4,52%.
Em alguns casos, o locatário pode não utilizar o IPCA como índice para reajuste, mas aplicar o “IGP-M incompleto”. “Também há reduções do percentual para que não seja aplicado o índice completo no reajuste”, pontua.
Pesquisar outros imóveis
Uma das possibilidades é buscar saber, caso o inquilino more em um condomínio, o valor do aluguel de outros apartamentos. Se eu estou alugando um apartamento por R$ 1 mil e agora terei que pagar R$ 1.250, mas tem um outro apartamento alugado pelo mesmo valor de R$ 1 mil, será que é justo? Será que não é mais fácil mudar para esse outro apartamento?
Caso o proprietário insista em um reajuste fora do orçamento do inquilino, ele vai ter que rescindir o contrato e ou desocupar o imóvel, porque o reajuste realmente é legal.